O casal, Cristina e Fernando, sempre foi envolvido com causas sociais! Ela foi voluntária em diversas organizações e ambos doavam periodicamente para projetos distintos que tocavam seus corações!
Certo dia, Cristina, advogada de formação, foi procurada por um empresário para a criação de uma OSC (Organização da Sociedade Civil). Esse momento foi o divisor de águas na sua maneira de pensar e fazer filantropia; percebeu que era possível e importante agir com planejamento para colher resultados mais impactantes e duradouros! A semente da criação de uma OSC estava plantada!
Mas o casal acreditava que era necessário grande fortuna para fazê-lo. Um dia, ao conversarem com seu filho, Felipe, sobre esse sonho, este indagou: “É melhor realizar do que apenas sonhar. Por que não fazem com aquilo que têm? Mesmo que pequena, é melhor agir do que apenas manter as ideias no plano da reflexão. Com ação, planejamento e dedicação, tudo dará certo!”
Falaram então com a filha, Marina, que na ocasião era a gerente administrativa de um projeto nos Médicos Sem Fronteiras em Moçambique, se ela aceitaria voltar e tornar esse sonho em realidade. E assim nasceu a Fundação ABH!
O nome da fundação foi dado em homenagem ao pai de Cristina, Affonso Brandão Hennel, conhecido como ABH; um empresário, reconhecido por sua perseverança, disciplina, superação, liderança, ética e busca pela inovação. Desde a adolescência, aprendeu a superar desafios com persistência e ousadia. Sempre esteve à frente das tendências, sendo pioneiro tanto na área de atuação de sua empresa como em ações que melhorassem a qualidade de vida de seus funcionários.
A Fundação ABH evolui baseada nos valores familiares e no desejo de contribuir para a construção de um mundo melhor, mais justo e com qualidade de vida para todos, sempre antenada com o seu tempo. Então, compreender os novos conceitos e aspirações da filantropia tornou-se prioritário para a família que entende assim ser possível apoiar as novas demandas da sociedade e gerar impacto na qualidade de vida das pessoas.
O desafio de estar à frente da Fundação impulsionou Marina Fay, atualmente Diretora Executiva, a pesquisar e conhecer outras iniciativas e metodologias que fossem capazes de apoiar a redução da pobreza, promoção da igualdade social e do desenvolvimento sustentável do país.
Diversos estudos e imersões, assim como escuta ativa de empreendedores sociais e líderes de iniciativas apoiadas, ajudaram-na a estruturar um modelo de intervenção inovador que cria valor e articula o desenvolvimento urbano, comunitário e econômico, estes determinantes para a construção de seu propósito:
Baseado nesse modelo, conhecido como metodologia DCBA (Desenvolvimento Comunitário Baseado em Ativos), a Fundação ABH define a periferia sul de São Paulo como região prioritária por 3 principais motivos:
Um dos principais ativos da Fundação é seu poder articulador com iniciativas locais, organizações, empresas e outras fundações que compartilham dos mesmos ideais e que podem contribuir para a construção de um propósito comum visando maximizar o impacto das ações. Também a transparência e gestão profissional, parte do DNA familiar, trazem um diferencial para a Fundação ABH que é constantemente indicada pela rede para a realização dos recursos captados conjuntamente.
Assim, para a Fundação ABH, desenvolvimento comunitário tornou-se uma estratégia de investimento social privado com o propósito de impulsionar o desenvolvimento territorial sustentável por meio de ações baseadas no reconhecimento e valorização do papel das lideranças e ativos locais.
Seu potencial transformador está em estabelecer um percurso de dentro para fora, ou seja, a partir da demanda da comunidade surgem iniciativas e soluções próprias que favorecem o bem comum, podendo contar com apoio externo, se conectados com os interesses e prioridades locais